Os 22 leitos disponíveis no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) não foram suficientes para acomodar os 40 doentes internados na manhã desta segunda-feira.
A estudante Jéssica de Mello Alves improvisava uma cadeira ao lado da maca da avó, Cacilda Pereira Mello, 75 anos, no mesmo caminho estreito por onde médicos e enfermeiros realizavam atendimento a outros pacientes.
- Chegamos aqui às 7h e não tinha lugar nem para a minha avó sentar. Tivemos de aguardar no lado de fora. Só quatro horas depois conseguimos entrar e colocaram ela em uma cadeira comum, pois as de roda já estavam todas ocupadas - conta Jéssica.
Com dois médicos disponíveis, um cirurgião e um clínico-geral, a direção do hospital informou que todos os pacientes puderam ser atendidos e que já é habitual terem internações superiores ao número de leitos:
- Esse não é um problema restrito ao Husm. Em toda região os hospitais enfrentam isso. O que pedimos é que as pessoas procurem atendimento em outros locais para que somente os casos mais graves sejam encaminhados para cá - explica Arnaldo Teixeira Rodrigues, diretor clínico do hospital.
Já no primeiro dia de 2014, o hospital chegou a ter 57 internados.